quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Atividade física e esportes na epilepsia

"A epilepsia é considerada a condição neurológica crônica potencialmente grave mais comum no mundo todo, presente em aproximadamente 50 milhões de pessoas, sem distinção de raça, sexo e regiões. A cada novo ano, soma-se a este número quase dois milhões de novos casos."

Imagem: Reprodução Epilepsy Society UK

"As crises epilépticas são causadas por descargas elétricas anormais, excessivas e transitórias das células nervosas, ou seja, são sintomas de uma disfunção do cérebro. As crises epilépticas podem apresentar desde uma perda temporária da consciência, sinais motores, mudanças temporárias de comportamento, até um simples olhar fixo, dependendo da área do cérebro afetada."

"Apesar de estudos indicarem que a prática de atividades físicas proporciona benefícios na aptidão física e na saúde de pessoas saudáveis e com diferentes tipos de doenças, os indivíduos com epilepsia frequentemente são desencorajados e excluídos da participação em programas de atividades físicas. A falta de participação destes pacientes ocorre especialmente devido à excessiva proteção de médicos e familiares. Existe o medo de uma nova crise, o medo da piora da doença, o receio de predispor às lesões traumáticas ou o receio de que a fadiga resultante do esforço físico precipite uma nova crise."

Este estudo de referência indicou "os diversos benefícios proporcionados pela prática de atividades físicas, exercícios físicos e esportes pelos pacientes com epilepsia. Observa-se que tanto a prática de atividades físicas em geral e as atividades planejadas, estruturadas e repetitivas como o exercício físico e os esportes, podem propiciar benefícios agudos e crônicos, como: 
  • Melhora no condicionamento físico;
  • Melhora cardiovascular;
  • Diminuição da perda de massa óssea e muscular;
  • Aumento da força, coordenação e equilíbrio;
  • Redução da incapacidade funcional, da intensidade dos pensamentos negativos e das doenças físicas;
  • Promoção da melhoria do bem estar e do humor."

"Principalmente na epilepsia, a sensação de bem estar e a diminuição do estresse e ansiedade são fatores fundamentais para a melhoria na qualidade de vida desses pacientes. Nos estudos apresentados, observamos que os exercícios de intensidade leve, moderado e intenso, não causaram o aumento das crises. Destaca-se apenas a cautela na prática de esportes de alta competição pelos pacientes com epilepsia, uma vez que estresse psíquico e físico nos treinamentos intensos podem ser fatores precipitantes de crises. O acompanhamento médico e de um profissional de educação física é de extrema importância para que todos os cuidados sejam tomados a fim de evitar acidentes." 

"Sendo assim, os esportes, exercícios físicos e as atividades físicas podem ser avaliados como um eficiente meio de integração social, promoção da saúde e principalmente melhoria da qualidade de vida desses pacientes, sendo um eficiente método terapêutico auxiliar no tratamento da epilepsia."


Todas as informações contidas neste post têm como referência o artigo de revisão "A prática de atividades físicas, exercícios físicos e esportes por pacientes com epilepsia: qual a melhor opção?" de 2013 em uma colaboração entre Simone Tiemi Kishimoto (Aluna de mestrado da Faculdade de Educação Física/Unicamp) , Nathália Volpato (Aluna de mestrado da Faculdade de Ciências Médicas/Unicamp) , Fernando Cendes (Professor Titular do Departamento de Neurologia da Faculdade de Ciências Médicas/Unicamp) e Paula Teixeira Fernandes (Professora Associada do Departamento de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física/Unicamp) para o Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology. Clique aqui para ler o artigo completo.


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