A prancha é um dos exercícios que eu mais abomino fazer, mas sabendo da importância desse exercício isométrico, eu me forço a fazer. A colunista do UOL, fisiologista do exercício e nutrição, Paola Machado deu dicas de como melhorar a prática da prancha em sua coluna do UOL (aqui) e Instagram que vamos reproduzir aqui:
Eu amo fazer prancha abdominal e as variações desse exercício —já falei aqui sobre como executá-la e seus benefícios. A prancha é tão sensacional que, quando feita corretamente, estimula não só a região do core (formada pelo abdome, lombar e quadril), mas também o corpo todo. Porém, para isso, você precisa ter força muscular e resistência da cabeça aos pés.
Algumas pessoas que participam dos meus programas de treinamento falam que têm uma dificuldade tremenda de sustentar o corpo em isometria por mais de 30 segundos. Por isso, vou dar aqui algumas dicas que vão ajudar você a vencer as principais dificuldades do exercícios e conseguir fazer a prancha por mais tempo.
Dificuldade: "Não consigo sustentar o quadril"
- Dica rápida para melhorar: ao respirar, realize uma expiração profunda, soltando todo o ar e contraindo bem a região abdominal para ajudar a estabilizar o corpo.
Se seus músculos do core não estão fortes, ficar na posição de prancha isométrica pode tornar-se um desafio bem difícil. A falta de fortalecimento do reto abdominal e oblíquos limita a capacidade de ficar estabilizado e em equilíbrio na posição. Dessa forma, o quadril tende a "cair", colocando uma pressão inadequada até na lombar.
A solução é realizar um treinamento bem planejado, que promova gradualmente o ganho de força e a melhora do condicionamento, tentando aprimorar sempre a posição da prancha isométrica.
Você pode começar realizando a com os braços estendidos e as mãos apoiadas em uma mesa (ficando só um pouco inclinado). Depois, apoie-se em um banco e vá mudando a inclinação até apoiar as mãos no chão. O importante é se sentir seguro para realizar o movimento e desenvolver o fortalecimento do core.
Quando se sentir seguro para realizar a posição de prancha no chão, realize repetições curtas (de 10 segundos) para que você aprenda o movimento, ajuste a execução e e fortaleça o CORE aos poucos. Sempre digo aos meus alunos: para progredir, você precisa iniciar!
Um bom exercício para fortalecer a região do core e preparar o corpo para conseguir fazer a prancha é o "core press": prenda um elástico em algum ponto na altura da cintura. Segure a alça (ou a ponta) do elástico com as duas mãos e dê um passo lateral para se afastar do ponto em que o elástico está preso. Mantenha o abdome bem contraído e os seus braços estendidos para a frente, na altura da barriga. Flexione os cotovelos, aproximando as mãos do corpo, sem rotacionar o tronco. Realize essa movimentação por 20 vezes e descanse por 30 segundos. Repita 3 vezes.
Dificuldade: "Não consigo manter o corpo alinhados"
- Dica rápida para melhorar: tente contrair os glúteos e quadríceps o máximo que conseguir
Se você contrair o corpo todo, é difícil se manter por um longo tempo na prancha isométrica. A contração máxima é bem difícil —ainda mais quando precisamos resistir a "a voz da nossa mente" que fica o tempo todo nos mandando desistir do exercício.
Mas quando realizar a prancha você deve contrair o corpo todo. Inclusive os glúteos e as pernas, já que eles ajudam muito a sustentar o alinhamento correto no exercício. Se não contraí-los, sua base ficará instável, você não ficará alinhado e não conseguirá manter-se na posição por muito tempo.
Como no ponto anterior, o segredo para conseguir isso é realizar um treinamento bem planejado para preparar o corpo gradualmente. O agachamento e suas variações (sumô, avanço, afundo etc.), elevação pélvica e stiff são boas opções para fortalecer a musculatura das pernas e do glúteos e devem estar presentes no seu treino.
Dificuldade: "Minhas escápulas 'saltam'"
- Dica rápida para melhorar: intensifique o treino para a parte superior do corpo
Se suas escápulas forem "aladas" —olhe no seu vídeo ou espelho se eles ficam projetados parecendo uma asinha— durante a prancha, isso dificulta a movimentação e sustentação.
Quando você faz uma prancha, muitos músculos da parte superior —incluindo deltóides, peitorais, tríceps, trapézio e dorsal— devem trabalhar em conjunto para permitir que você sustente o corpo e também mantenha a estabilidade na articulação do ombro.
Dessa forma, se você não tem a região fortalecida, é bem difícil ficar na posição de prancha por muito tempo. Realize flexões de braços e remadas para trabalhar a musculatura da parte superior do corpo.
Teste a força do seu core
No vídeo abaixo, que você pode visualizar também em meu perfil do Instragram, @machado_paola, mostro um desafio que vai exigir força do corpo todo, mas especialmente dos músculos da região do abdome, do quadril e da lombar. Ele vai ajudar a identificar se seu core está forte ou não.
#Repost @machado_paola
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🔥DESAFIO DE FORÇA DO CORE (ABDOMEN)🔥
✔️Desafie-se e marque um amigo
Esse é um desafio para o corpo todo, mas, com certeza, você terá uma ideia do quando seu CORE (região abdominal) está — ou não — fortalecido.
💦 O DESAFIO 💦
1. Em posição de 4 apoios, contraia bem toda a região abdominal, “encaixe as escápulas” e mantenha a postura ereta.
2. Tire o apoio de joelhos do chão e mantenha o apoio nos pés e mãos.
3. Mantenha o alinhamento de apoio de mãos/ombros e joelhos/quadril (90 graus).
4. Mantenha a postura ereta, respeitando as curvaturas naturais do seu corpo.
5. Fique nessa posição por 90 segundos.
❗️ATENÇÃO❗️
Preste atenção em quais áreas não se “sustentam” no movimento e acabam comprometendo a execução. Essas são as que precisam de maior dedicação.
❌ERROS ❌
- Não realize a hiperextensão lombar (ou “empine” muito o glúteo, a não ser que você tenha ele volumoso).
- Não eleve a cabeça nem para cima, nem para baixo.
- Evite curvar excessivamente a coluna.
- Não desalinhe apoio de mãos/ombros e joelhos/quadril.
🎁Coloquei na sequência uma variações de movimentações para quando progredirem.
Bora!As dicas e sugestões mencionadas neste texto são apenas para fins de informação geral e não devem ser interpretadas como aconselhamento médico ou profissional. Sempre consulte seu médico, nutricionista e educador física antes de iniciar qualquer programa de condicionamento físico ou fazer alterações em sua dieta.
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