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Estima-se que, no mundo, 3,2 milhões de pessoas morram anualmente de doenças relacionadas ao sedentarismo, como diabetes, infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e obesidade.
No Brasil, pelos dados do Ministério da Saúde, três em cada
100 mortes registradas em 2017 podem ter sido influenciadas pelo problema, que,
segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é o quarto maior fator de risco
de mortalidade global por enfermidades não transmissíveis.
Diante desse cenário, fica ainda mais evidente a importância
da atividade física. Quando praticada de forma contínua, com controle e
monitoramento, e em intensidade de leve a moderada por, pelo menos, 150 minutos
por semana, ela proporciona uma série de benefícios tanto para o corpo quanto
para a mente. E a lista é extensa:
1. Melhora da aptidão cardiorrespiratória (condicionamento
aeróbico) e aumento da longevidade e da qualidade devida;
2. Redução do risco e auxílio no tratamento de câncer (mama,
cólon e intestino) e doenças cardiovasculares (infarto, hipertensão arterial e
AVC), pulmonares (enfisema, asma e fibrose), musculoesqueléticas (osteoporose),
reumatológicas (artrite) e metabólicas (obesidade, colesterol alto e diabetes);
3. Diminuição de comorbidades, ou seja, da ocorrência de
duas ou mais doenças simultaneamente;
4. Menor chance de desenvolver demências e transtornos
neurodegenerativos, como Alzheimer;
5. Liberação de hormônios que proporcionam sensação de
bem-estar, o que contribui para o combate ao estresse, depressão e ansiedade;
6. Melhora da resposta do sistema imunológico, padrão de
sono, humor, postura, dores, disposição, raciocínio e desempenhos intelectual e
escolar;
7. Fortalecimento de ossos e músculos e maior amplitude dos
movimentos;
8. Controle da pressão arterial e dos níveis de açúcar no
sangue;
9. Aceleração do metabolismo, favorecendo a perda ou a
manutenção de peso;
10. Autonomia nas atividades diárias e prevenção do risco de
quedas para pessoas idosas;
11. Recuperação mais rápida de lesões e cirurgias.
Mas você sabe exatamente o que acontece no seu organismo
durante a execução do exercício?
Na verdade, tudo começa momentos antes do início, com a
ativação do córtex cerebral para preparar todos os sistemas do organismo. Assim
que é "dada a largada", quem primeiro começa a trabalhar é o músculo e,
nesse processo, demanda mais oxigênio —e nutrientes— para ter energia. Como
resultado, a atividade respiratória é acelerada, aumentando o fluxo de entrada
e saída de ar dos pulmões.
Essa ação também eleva a contração do coração e a frequência
cardíaca, já que o sangue precisa ser bombardeado com mais vigor para levar o
O2 até a musculatura e eliminar o CO2. Vale salientar que tudo isso varia de
intensidade de acordo com o tipo e a modalidade praticada.
Ao mesmo tempo, para permitir o aumento do fluxo sanguíneo
para a rede vascular e facilitar a liberação de substratos para os músculos, a pressão
arterial sistólica ou máxima (fase de contração do músculo cardíaco, quando ele
bombeia sangue para o corpo) sobe, enquanto a diastólica ou mínima (fase de
relaxamento, quando o sangue entra no coração) permanece estável.
O passo seguinte é a elevação da temperatura. No processo de
contração muscular para a realização do exercício, uma parte da energia
produzida é transformada em energia mecânica e usada pelo músculo. O restante é
dissipado com o calor, o que esquenta o corpo.
Ao perceber essa alteração, o sistema de regulação térmica
do organismo, controlado pela área cerebral chamada hipotálamo, é ativado e
lança mão de recursos para baixá-la.
A transpiração é o mais eficiente deles — o suor, neste
caso, ao recobrir a pele e evaporar, ajuda no resfriamento ou, pelo menos, a
não esquentar de forma exagerada. É importante ressaltar que a sudorese também
está relacionada a outros fatores, como a umidade do ar, a temperatura externa,
a intensidade dos exercícios e o tipo de roupa que está sendo usada.
Além disso, durante a prática aguda de atividade física há
uma modificação da secreção hormonal liberada pelas principais glândulas corporais
(hipófise anterior, tireoide, suprarrenal e pâncreas). Alguns dos hormônios
ativados são a adrenalina e a noradrenalina, que agem na dilatação dos vasos
sanguíneos dos músculos trabalhados e são responsáveis pelo aumento da taxa
metabólica, liberando glicose e ácidos graxos no sangue — fundamentais para que
o corpo tenha energia para fazer os movimentos.
Outras substâncias secretadas com os exercícios são a insulina,
que também favorece a disponibilidade de glicose no sangue, para que seja usada
pelas células dos músculos; o GH (hormônio do crescimento), responsável pela
queima de gordura e importante agente anabólico; a endorfina e a serotonina,
que promovem sensação de bem-estar, prazer e relaxamento, e a testosterona, que
estimula a reconstrução do tecido muscular trabalhado, favorecendo o aumento de
força e a hipertrofia.
Com o fim da movimentação, todos esses processos são
regularizados —as demandas musculares por energia diminuem e a ventilação
pulmonar e a frequência cardíaca retornam gradativamente ao normal—, com
exceção da pressão arterial, que cai temporariamente até abaixo dos níveis
pré-exercício, em virtude da vasodilatação periférica decorrente da movimentação.
Aumento gradual e hábitos saudáveis para quem não pratica
atividade física, a dica é escolher uma modalidade que goste, e são muitas as
opções, como natação, corrida, caminhada, musculação, dança e futebol, começar
devagar, aumentando gradativamente tanto a intensidade quanto o tempo e a
frequência.
Segundo a OMS, para manter a qualidade de vida e garantir
todos os benefícios, o ideal é fazer 150 minutos de exercícios de leve a
moderado por semana ou 75 minutos de vigorosos.
Junto a isso, é imprescindível adotar uma dieta equilibrada,
rica em legumes, verduras e frutas e pobre em alimentos industrializados,
gordura e bebidas açucaradas, e ter boa hidratação e hábitos saudáveis, o que
inclui não fumar, evitar o consumo de álcool e controlar o estresse e as doenças
pré-existentes.
Fontes: Marcelo Bichels Leitão, presidente da SBMEE
(Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte); Paulo Roberto
Szeles, coordenador da residência médica em medicina esportiva da EPM-Unifesp
(Escola Paulista deMedicina da Universidade Federal de São Paulo) e médico da
Seleção Brasileira de Basquete Feminino; Ricardo Nahas, coordenador do Centro
de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP); e Taline
Costa, médica do esporte do Sport Club Corinthians Paulista e preceptora da
residência médica em medicina esportiva da EPM-Unifesp.
Referências: Uol Viva Bem (clique aqui)
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